terça-feira, 18 de dezembro de 2007

Ai a liberdade... me libertando serei! Liberta-te!


Ais da nossa Liberdade

Que liberdade a nossa, não?
Não! Que liberdade?
Somos livres, diz ‘nossa’ lei.
Isso não é liberdade, isso é coisa de burguês...
Papel, da verdade, um véu, da ilusão, corcel,
Do pensamento, enganação, do coração, ilusão...
De nossas asas, mero céu de mentirinha,
E nosso sentimento se esconde na sensação mesquinha
Da irrealidade que nos impõem imutável.

A cada pensamento estreito e alienável,
Para não dizer alienado, mas já inferindo,
Vamos inconstruindo, reconstruindo, repetindo,
Fazendo a manutenção, legitimando
O fato, que por ser fato já é questionável,
De que somos livres e que acima de tudo
Proteger é preciso, este fato “absoluto”!

E nada há de mais valoroso!
Nem o homem, que é livre. (?)

Antes ser livre do que ser homem,
E o homem que não proteger o ser livre,
Não importa ser homem, os outros comem.

Pronto. Parede alta e intransponível.
Para nos proteger da ameaça à liberdade,
Nos cercamos como nunca devia o primeiro ter cercado.
Ninguém passa, ninguém entra, infalível.
Falido antes de tudo.

Será que é difícil enxergar? Certamente, através de nossos
Muros e fortalezas, deve ser tarefa das mais árduas...
Pois que somos dos seres os mais presos,
Por todos os nossos preconceitos
E pressupostas superioridades
E manias e grandezas e vaidades.

Ah, liberdade de televisão...
Ilusão, prisão, alienação...
Girando, girando...
Até parar para pensar
E voilà
Libertação.