sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Assalto! - Por todos os lados, fechados, cerrados, a violência persegue...


Assalto

Ataque inesperado
(Ou ignorado?)
De homens violentos
Contra você.
Uso da força?
Quais os motivos?
O que levam? O que deixam?

Apego ao material (não) está em jogo;
(Está, mas não é tudo)
Além de não querermos perder nada,
(O que deve ser levado em conta)
É um ataque à integridade.

É invasão - fruto da opressão, se faz opressão!

Mas, o que mais?
Assalto! Muitas facetas, muitos rostos encobertos.
Desigualdade, miséria, última saída? - Sim e não.
A (i)moral do sistema, vantagem sempre, o atalho? - Sim e não.
Programação, violência, opressão? Sim e não.
Escolha, livre arbítiro malévolo, maldade? Sim e não.
A Justiça do sistema, a regra, o correto? Sim e não.

Injustiça, Caos e Guerra? Sempre!

Existem respostas demais,
Como saber?...

Assalto! Roubo? Crime?

Cuidado com o que você diz
Os seus conceitos nem sempre são seus.
O que é crime pode não ser crime,
O que é roubo pode não ser roubo,
Mas o assalto é direto, é impacto, é choque,
Rasga, corta e desaparece.
O que fica é o buraco.

Os conceitos, a (i)moral, a (in)verdade -
Quem os faz? O que é real? O que é legítimo?
Não deixe que façam por você,
Nem te digam o que é - descubra por si -
Raciocine por si -

A lei é imposição, a lei é um roubo!
(Da sua justiça consciente)
A autoridade é imposição, a autoridade é um roubo!
(Da sua independência)
A propriedade é imposição, a propriedade é um roubo!
(Da sua humanidade)
A violência é imposição, a violência é um roubo!
(Da sua integridade)

- Descubra o que te roubam - reaja!

Estás andando pela rua, seguindo teu caminho
Aproximam-se de ti e anunciam a violência
Roubam algo necessário? Qualquer coisa...
Por quê? Fazer dinheiro.
É um motivo? Não, é causa -
A grande causa da injustiça!

Lutar ou fugir? O que fizer defender.
Mas a injustiça não está só naquele momento,
Na erupção evidente da injustiça;
A injustiça está na desigualdade, em tudo que é roubo!

Lute! Toda forma de violência é opressão, é injustiça, é desumana!
Violência não combate violência, uma legitima a outra.
A paz é uma arma, a paz consciente, a paz ativa, a paz que irradia
Idéias, justiça, vida,
Igualdade, harmonia, liberdade!

Não, não é justo te levarem nada, seja matéria, seja espírito,
Nem é justo viver sobre ninguém, oprimindo e matando,
Não é justo ficar parado diante dos homens que matam e morrem.

Reaja! Aja! Liberte-se libertando a todos!

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Sistema movido a sangue, impulsionando as fábricas de morte, as propagandas da miséria, as inovações da injustiça...

Sangue
.
Pedras de sangue, terra de sangue,
Água de sangue, frutos do sangue,
Filhos do sangue.
.
És homem, és besta, és sangüinário.
Através de vias escarlates navegam seus navios,
Sua riqueza e seu corpo vermelho.
.
Pelo sangue crias tua geração,
Crianças nascidas do desespero.
Tua geração, todas as gerações
Apontarão os canhões da nobreza
Para teu próprio coração,
E tua frieza se tornará quente,
Sangue do teu sangue.
.
Impérios e Guerras a frente
Do progresso, do teu exército.
Riqueza sangrenta, tijolos de carne:
É esta a fundação da tua casa.
.
Por que fazes isso?
Por nada. Pela ganância que te mata.

A escravidão do 'Futuro' - O sangue das crianças da humanidade pingam na Terra...


(foto: Casa de Farinha - Lagoa dos Gatos - Pernambuco - fonte: BBC)

Olhos sem Esperança

A faca enferrujada treme na pequenina
Mão infantil, em cortes incertos,
Movimentos forçados por esta sina,
Uma vida sofrida e sem afeto.

O cansado e arqueado corpo desde menino,
Sentado em cinzento chão de barro e suor,
Exaure-se o dia inteiro no labor,
Lutando para sobreviver ao seu destino.

Em seus olhos sem esperança vê-se a tristeza
Profunda de uma alma escravizada
Pela fome, cansaço e pobreza,
Enquanto corta mandioca co´a faca afiada.

Seus inseguros ombros, doídos e magros,
Carregam a realidade desumana
Da vida dura oposta à rica gana
De algum abastado que desperdiça
Comida perante os olhos chorosos e fracos
Desde menino, cuja vida a sociedade pisa;
Sociedade cruel, injusta, capitalista!