quinta-feira, 14 de junho de 2007

Os verdadeiros filhos nunca fogem da mãe que acalenta...


Emigração cubana – Grande farsa da mídia direitista!



Alguns, em suas críticas ao socialismo, questionam o porquê de tantos filhos da soberana nação cubana fugirem do país, se supostamente o regime socialista é tão ‘justo e benfeitor’ (e eles fazem questão de acentuar o tom irônico). Afirmam que naquela ilha só há miséria e que todos os cubanos tentam fugir desesperadamente. Porém, esses mesmos críticos inconseqüentes, não sabem que o nosso Brasil, um país genuinamente capitalista, seguidor fiel de todas as determinações e imposições do FMI, do BIRD, de Washington, para ser mais direto, vê todos os anos mais de 100 mil brasileiros buscarem melhores condições de vida no exterior, se amontoando em todas as partes do mundo, inclusive nos EUA. Número superior a 2 milhões de nossos conterrâneos procuram melhores chances fora daqui (dados retirados do site Guiadoimigrante - http://www.guiadoimigrante.com/artigo.php?idPublicacao=3390)
No entanto, eles se esquecem que o Cuba é um país pequeno, que não dispõe de todos os recursos naturais de que precisa, pelo contrário, alguns vitais são demasiadamente escassos, como é o caso do petróleo. Esquecem também que a ilha tropical, antes da revolução não era nada mais do que um quintal americano, onde os magnatas e gângsteres yankes iam passar as férias, freqüentando cassinos e bordéis, enquanto a população morria de fome e pobreza nos subúrbios. Já o Brasil, a décima primeira economia do mundo, um país fartamente suprido de toda e qualquer necessidade natural, inclusive a tão largamente divulgada auto-suficiência petrolífera, possui uma imensa massa de pobres, miseráveis e desejosos de fugirem daqui, este país ingrato para com seus próprios filhos.
Os críticos de Cuba não se importam com esses fatos e tampouco abrem a boca para falar a respeito ou mobilizarem-se contra. O importante é seguir a canção entoada pela mídia e por aqueles de direita, que desde a Guerra-Fria, vem sendo amestrados pelos americanos.
Não sabem também o grande estímulo que os EUA dão (como parte de sua política ofensiva contra Cuba) para que haja a imigração de cubanos para o país.

“Após o 1º de janeiro de 1959, a política migratória dos Estados Unidos passou a estimular a emigração ilegal de Cuba com destino a esse país, convertendo-se assim em um importante instrumento de sua política hostil contra Cuba. A partir desse momento, as autoridades norte-americanas deram um tratamento preferencial aos imigrantes cubanos. Todos os cubanos que chegam a território dos Estados Unidos recebem o status de “refugiados”.
No final 1962 (...) o presidente Kennedy assinara a Lei Pública 85-510, conhecida como “Ata de Assistência à Migração e Refugiados do Hemisfério Ocidental”. Através dessa Lei foram criadas condições financeiras especiais para apoiar os emigrantes cubanos, para o que o governo norte-americano destinou, apenas para o Programa de refugiados cubanos, mais de 1 bilhão de dólares.
O tratamento preferencial outorgado aos cidadãos cubanos e que os distingue até hoje dos demais estrangeiros que chegam aos EUA adquiriu seu embasamento legal em 2 de novembro de 1966, data em que o presidente Johnson firma a “Lei de Ajuste Cubano”, que estabelece que “qualquer estrangeiro nativo (de Cuba) ou cidadão cubano que tenha sido inspecionado e admitido ou posto sob palavra nos Estados Unidos depois de primeiro de janeiro de 1959 e que tenha estado presente fisicamente, pelo menos durante dois anos, pode ser ajustado pelo Promotor Geral, à discrição (ad libitum) e em conformidade com as regulamentações que possam prescrever à relacionada com estrangeiro admitido legalmente para residir permanentemente...””. (Texto tirado de um boletim especial divulgado pela embaixada de Cuba no Brasil, em 08/10/2004)


Ou seja, um cubano que vai para os Estados Unidos é recebido com honras, recebe apoio financeiro e após um ano é considerado cidadão americano. Imagine se houvesse esses mesmos privilégios para a vinda de brasileiros? Milhões sairiam do país poucos meses. Mas os cubanos não. A maioria daqueles que fogem são os dissidentes, capitalistas egoístas que não suportam verem seus privilégios diminuídos ou não querem trabalhar para o bem comum, esperando reverter todo o seu trabalho em benefício próprio.
Cuba é um país com a melhor medicina social do mundo, tecnologia médica equivalente ou superior a muitos países ricos que dispõem de verbas astronomicamente maiores do que as cubanas; é um país que erradicou o analfabetismo em apenas um ano e que não tem nenhum de seus cidadãos morando nas ruas, nem em habitações precárias, como as favelas brasileiras e de outros países, inclusive os desenvolvidos.
Isso tudo sofrendo da hostilidade da maior economia do globo, que usa todos os meios inescrupulosos para intimidar e coibir o comércio e a interação mundial com a ilha. Os EUA, que detêm incríveis poderes sobre inúmeras nações, através do abominável domínio que se faz através do FMI e do Banco Mundial, que escravizam tantos países, afundando-os em dívidas inesgotáveis.
Onde outra nação do mundo conseguiu tais feitos? Mais difícil do que encontrar um regime socialista “bem-sucedido” é encontrar um argumento para esta pergunta.

Hoje, para não sufocar pelo embargo terrorista norte-americano, Cuba abre suas portas para o turismo, para o capital estrangeiro e infelizmente é forçada a ver novamente, depois de mais de 3 décadas extintas, males capitalistas, como a prostituição, voltarem ao seu território. Mas a economia se recupera...

“CUBA BATE RECORD DE PIB Em 2006, pelo segundo ano consecutivo, Cuba foi o país da América Latina com a maior taxa de crescimento do PIB: 12,5 por cento. Os que menos cresceram foram o Haiti e o Brasil. Os dados constam em relatório da Comissão Económica das Nações Unidas para a América Latina e o Caribe (CEPAL)

(..) e Cuba será o exemplo para toda a América, para todo o mundo.

Um comentário:

Malu Medeiros disse...

A gente parece formiga
Lá de cima do avião
O céu parece um chão de areia
Parece descanso pra minha oração ♪