terça-feira, 18 de dezembro de 2007

Ai a liberdade... me libertando serei! Liberta-te!


Ais da nossa Liberdade

Que liberdade a nossa, não?
Não! Que liberdade?
Somos livres, diz ‘nossa’ lei.
Isso não é liberdade, isso é coisa de burguês...
Papel, da verdade, um véu, da ilusão, corcel,
Do pensamento, enganação, do coração, ilusão...
De nossas asas, mero céu de mentirinha,
E nosso sentimento se esconde na sensação mesquinha
Da irrealidade que nos impõem imutável.

A cada pensamento estreito e alienável,
Para não dizer alienado, mas já inferindo,
Vamos inconstruindo, reconstruindo, repetindo,
Fazendo a manutenção, legitimando
O fato, que por ser fato já é questionável,
De que somos livres e que acima de tudo
Proteger é preciso, este fato “absoluto”!

E nada há de mais valoroso!
Nem o homem, que é livre. (?)

Antes ser livre do que ser homem,
E o homem que não proteger o ser livre,
Não importa ser homem, os outros comem.

Pronto. Parede alta e intransponível.
Para nos proteger da ameaça à liberdade,
Nos cercamos como nunca devia o primeiro ter cercado.
Ninguém passa, ninguém entra, infalível.
Falido antes de tudo.

Será que é difícil enxergar? Certamente, através de nossos
Muros e fortalezas, deve ser tarefa das mais árduas...
Pois que somos dos seres os mais presos,
Por todos os nossos preconceitos
E pressupostas superioridades
E manias e grandezas e vaidades.

Ah, liberdade de televisão...
Ilusão, prisão, alienação...
Girando, girando...
Até parar para pensar
E voilà
Libertação.

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

"Tudo vale a pena quando a alma não é pequena"


A vida é uma caixinha de surpresas...
Um presente sem par, sem igual, sem noção, essencial!
Algo inigualável, inexprimível, fabuloso, infinito!
A vida não tem limites, não tem barreiras,
Tem simplesmente todo o potencial do universo contido n´uma única alma!
Um espírito, uma vida, e todas as possibilidades do mundo.
Façamos o que fomos feitos para fazer;
Cada um tem uma missão, eu acredito nisso,
E precisamos lutar, lutar sempre
Para fazer valer a vida, para ter valido a pena.
"Tudo vale a pena quando a alma não é pequena"...
Minha alma é grande, a sua também!
Força e luta, irmão! Estendo-lhe a mão, lhe aguardo.
A jornada é longa...
Abraço.

quarta-feira, 31 de outubro de 2007

"Quem tudo quer, tudo perde" E a natureza está sendo perdida pois a ganância dos homens não cabe em seus corações desumanos...

A mãe-natureza nos aconchega. Por que maltratá-la? Por que sangrar o colo que nos afaga? Os homens são insensíveis, são cegos e egoístas... Como não ser apaixonado pela fonte da vida, origem de tanta luz e beleza, a natureza? Mas estamos sujos do pecado do nosso vício, a gana por mais e mais. Nossa ganância, nosso excesso, nos tirará tudo e depois que tudo estiver perdido, tudo o que foi inconsegüentemente e desumanamente acumulado, não valerá de nada, não valerá a pena ter destruído tudo para ter mais do que o outro. Ser mais do que os outros significa o que? Destruição e morte. O Rei das terras mortas e ensanguentadas. Sejamos iguais, para viver em harmonia com a mãe que nos aconchega.

Liberdade, Igualdade, Fraternidade, Humanidade.

"Sei que a vida vale a pena..."



Dois e dois: quatro


Como dois e dois são quatro
Sei que a vida vale a pena
Embora o pão seja caro
E a liberdade pequena

Como teus olhos são claros
E a tua pele, morena
como é azul o oceano
E a lagoa, serena

Como um tempo de alegria
Por trás do terror me acena
E a noite carrega o dia
No seu colo de açucena

- sei que dois e dois são quatro
sei que a vida vale a pena
mesmo que o pão seja caro
e a liberdade pequena.

Ferreira Gullar

-//-

A vida é bela e a luz da nossa existência vale cada gota do sangue que nos move. A vida é bela e vale cada partícula da nossa coragem, vale cada fração do nosso amor, vale cada centelha da nossa humanidade.
Um dia o pão sera pleno e a liberdade intensa. E dois e dois serão 4 vezes mais para abarcar quanto precise, pois os números se multiplicaram para a paz e a felicidade dos seres vivos, do homem e da mulher, na natureza e dos anjos.

"Sempre existe um caminho; Sempre existe uma luz"

"Quando tudo está perdido
Sempre existe um caminho.
Quando tudo está perdido
Sempre existe uma luz.
Quando tudo está perdido
Eu me sinto tão sozinho.
Quando tudo está perdido
Não quero mais ser
Quem eu sou."

(A Via Láctea - Legião Urbana)

Não podemos desistir, mesmo que não sejamos os salvadores da humanidade, mesmo que não pareçam existir saídas para as angústias, mesmo que a dor seja grande, "o pão seja caro e a liberdade pequena"... Preciso lutar, precisamos todos, pois o sangue corre em nossas veias e ele pede socorro pelos rios de sangue, seus e nossos irmãos, que choraram na história.

"Sempre existe uma luz"
Fé.

sábado, 20 de outubro de 2007

Educação Programada - Criaturas obedientes, educadas... programadas...

Edu´corda´ção - educação a base de amarras e cordas, marionetes...


Educação X Programação!


"Quando vejo que na idade de maior atividade os jovens são limitados a estudos puramente especulativos e que depois, sem a menor experiência, são bruscamente jogados no mundo e nos negócios, acho que a razão não é menos chocada do que a natureza e não fico surpreendido por tão pouca gente saber conduzir-se. Por que estranho modo de pensar nos ensinam tantas coisas inúteis, enquanto que a arte de agir é tida como nada?"

Jean-Jacques Rousseau

A juventude é o espírito mais impetuoso, revoltoso, questionador e intempestivo, cuja força é capaz de mover céus e terras, cuja ousadia pode ir onde ninguém mais foi. O jovem é o elo mais instável e apto para grandes e abruptas mudanças da corrente da sociedade, e em conseqüência disso, uma emaranhada trama foi criada para sepultar e suprimir essa tempestade ambulante, sequiosa por mudar e melhorar, de forma a não comprometer a manutenção do sistema em voga.

Assim se criou nos tempos modernos os sistemas educacionais, prisões do pensamento. Calabouços disfarçados sob a máscara da ciência e do saber. Mas uma pergunta aflora, saber o quê? O que se ensina nestes ditos educandários? Ensina-se a não se aprender nada, ensina-se apenas a guardar informações as quais não se sabe claramente para que servem, ensina-se a obededer as regras, sejam elas quais forem, ensina-se a cumprir padrões, ensina-se a repetir ações mecânicas.

As chamadas "escolas" são fábricas. Não fazem borbulhar criatividade nem desenvolvimento, apenas produzem máquinas de acordo com as necessidades do sistema, máquinas de calcular, máquinas de obedecer, máquidas de consumir. As características humanas individuais são irrelevantes dentro do ambiente padrão, e as potencialidades de cada um pouco consegue contribuir nesta cela fechada e rígida, onde não há espaço para novidades. As pequenas mudanças seguem a antiga lógica do despotismo esclarecido - "é preciso mudar um pouco para que tudo continue como está", e assim as poucas reformas vão sendo feitas, apesar de nunca atingirem a essência do processo, que continua incólume.

Os jovens, desde cedo, são programados, e como arvorezinhas, são podados continuamente para permanacerem no formato desejado. Os ganhos excessivos, são cortados fora, as folhas que alimentam a árvore, são limitadas a uma quantidade segura, e seus destinos são rigorosamente observados, para não fugirem ao controle. A programação é poderosa, aprimorada ao longo de séculos e séculos. Hoje quase não se percebe as suas lacunas, as suas faltas e seu real objetivo. Os argumentos contrários são combatidos com pequenas doses de concessões, que visam desqualificar as críticas. A critíca à predominância da formação puramente matemática é desfeita pelo leve tempero humanístico, um punhado de aulinhas de história ("oficial" - ou seja, um conto bonitinho manipulado pelos domiantes), uma brincadeirinha de geografia, e outros faz-de-conta dos quais nem nos damos conta, até nos esquecermos que no final, sabe-se mais fórmulas do que valores humanos, mais conceitos físicos do que solidariedade, sabe-se calcular, mas não se sabe dividir o pão.

Assim, as "forças produtivas" se apoderam deste produto final, indivíduos fabricados, agora fabricantes de riquezas e as velhas forças de poder permanecem em seu trono, protegida contra qualquer questionamento e oposição.

Os pequenos e dispersos movimentos contrários, alternativos, são tão poucos e distantes que se vêem sufocados pela realidade e não conseguem realmente lutar de igual para igual com o sistema dominante.

E assim, a humanidade segue, um espetáculo de manipuladores e suas marionetes.

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

É direito fundamental do indivíduo e da coletividade se revoltar contra aqueles e aquilo que ameacem sua soberania e direito à autodeterminação!

Obra de Diego Rivera

A Resistência

Nunca a luta contra a exploração e dominação sobre os homens foi tão dura quanto em nossos tempos, e reunir as forças necessárias para lutar, tornou-se tarefa das mais árduas!
Os nossos dias, se podemos realmente dizer nossos, correm em passos ligeiros, embalados no avanço tecnológico psicodélico, o qual é excelente meio de nos manter a mente ocupada e alienada. São tantas as novidades da tecnologia e do mercado, que não há tempo para analisar o mundo, sem correr o risco de perder o próximo lançamento e estar por fora das tendências da moda.

Junto à essa força avassaladora de alienação, soma-se a estratégia mais bem elaborada e fundamentada de dominação arbitrada pelos poderosos urubos no comando há tempo demais: "a invisibilidade dos inimigos". Não se pode mais apontar alvos claros para nossas batalhas, os inimigos se dispersaram, não existe mais um homem, um grupo, uma força ideológica que possa ser combatida com união, são mil fatores que circulam feito furacões pelos veículos de comunicação, nos fenômenos sociais, e que se enraízam de maneira desapercebida nos corações das pessoas e vão sedimentando suas energias, petrificando seus ímpetos, seus espíritos ávidos por mudanças.

Como combater? Como congregar? Qual a bandeira que pode unir as mãos de todo o povo? As causas foram transformadas em objetos de vitrine, produtos mercadológicos, os ideais foram enlatados e vendidos nos shoppings, a revolução virou enfeite em camisetas. As horas passam e os poucos movimentos pela mudança vêem-se isolados e jogados uns contra os outros, brigando feito insetos enquanto os abutres observam do alto, observando os líderes e queimando-os com suas lupas institucionais, aparatos governamentais, máscaras opressoras.

Que resistência pode ser feita? Que Contracultura poderá nascer no mundo padronizado, de larga escala, ‘globalizado’, onde as diferenças culturais vão cedendo à pressão do capital, ao consumo exacerbado das marcas e das grifes? Uma resistência precisa ser levantada, reunida, comandada, rumo à um objetivo de difícil delimitação; construir uma nova sociedade, porém enfrentando o medo de implodir a deplorável, porém maquiada, sociedade existente. Será esse o objetivo? Mudar o método de pensamento, transformar nossa maneira de pensar, subverter o cotidiano para reverter nossa submissão à programação vigente.

E como financiar esse ideal? Talvez o conceito de financiamento precise ser mudado também. Para se manter, ele precisa estar acima da manutenção, ser parte de cada combatente na maneira deles agirem no meio da realidade existente, dando suas pinceladas de mudança, seus toques de resistência.

Ainda quanto ao inimigo, onde ele está? Será que é o patrão, o político, o militar ou o fazendeiro, como era nos tempos das grandes revoluções da história? Não será que ele se tornou tão grande e abrangente que passa a ser cada um de nós, sendo nós mesmos nossos próprios inimigos? Será que não precisemos derrotar nossa acomodação, vencer as trincheiras de nossa inércia, transpassar nossa ignorância com golpes de impetuosidade, conquistar os territórios de nossa mente, antes ocupados pelos interesses comerciais, e construir espíritos inflamados e contestadores, aptos a se libertar e serem libertários, para assim podermos passar para o plano extracorpóreo? Será que antes de ir à luta numa frente de batalha ideológica, não precisemos vencer os batalhões de idéias conservadoras e acomodadas de nossos irmãos?

Nossa luta nunca foi tão dura, e nossa congregação nunca foi tão nebulosa. Os inimigos físicos se tornaram inimigos imateriais. O que era um edifício ou uma instituição, agora tornou-se um sentimento geral, uma força sobre-humana. Um conselho para a luta? Reúna-se. Converse com seu amigo. Crie um grupo. Forme uma rede de contracultura. Seja você a resistência. Se não consegue ver o inimigo, tente ao menos ver o seu amigo e junte-se a ele, junte-se aos camaradas e sejam a resistência, mesmo contra o desconhecido, pois uma fortaleza sólida resiste de onde quer que venha as ameaças. Seja você a resistência.

“Não podemos aguardar que os tempos se modifiquem e nós nos modifiquemos junto, por uma revolução que chegue e nos leve em sua marcha. Nós mesmos somos o futuro. Nós somos a revolução.” (Beatrice Bruteau)

Nós conseguiremos, é certo. A minha mão alcançará a de meu irmão, um dia. Venceremos os artifícios de desagregação, como as suspeitas, as desconfianças, os oportunistas e as manipulações. E as rochas que fundarão o futuro serão colocadas por pessoas como eu e você.

terça-feira, 2 de outubro de 2007

"O Brasil é o país do futuro"... quando for uma nação, um povo unido, forte, aguerrido, lutador! Até lá... somos um país do passado...


Patr´idiota


Do patriotismo se podem dizer muitas coisas, que é um sentimento honrado de amor à pátria, como afirmam os nacionalistas, ou uma cegueira que eleva a nação e nega seus defeitos, de acordo com alguns ingratos filhos da terra, que não reconhecem o valor da pátria-mãe. A maioria esmagadora sequer pensa nisso.
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Uma nação é essencialmente um povo, e quando esse acredita nela e nele mesmo, nada pode deter o progresso de ambos, que na verdade são um só. Mas no Brasil, o conceito do ‘todo’ e do ‘indivíduo’ não se conciliam.

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Desde nossa “descoberta”, passando por nossa “independência”, até nossa “república”, nunca nos foi ensinado o significado de “nós”, porque não fomos nós que descobrimos o Brasil, nem nos tornamos independentes ou proclamamos a república. Esses “acontecimentos históricos” foram desempenhados pelas classes dominantes, que nunca se identificaram com o povo, e o povo seguiu alheio à tudo isso.
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O patriotismo do brasileiro foi importado de terras distantes, pelos mandatários do Brasil, pois esses consideraram que seria um bom instrumento de controle civil, permitindo manter a unidade nacional. Contudo, apenas uma fração do que é patriotismo foi trazido para essas fronteiras, a partícula cega, de obediência e resignação imbecil às decisões do alto, excluindo a reflexão crítica e o amor por zelar pelos reais interesses civis, para evitar transtornos ocasionais, caso a população entendesse que a pátria é dela, não dos déspotas disfarçados.

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Assim, ganhamos uma bandeira, um hino, um exército nacional, e mais recentemente, a seleção brasileira de futebol. Criou-se o admirável fenômeno patriótico sazonal; de quatro em quatro anos, milhões de festivos patriotas, por ocasião da Copa do Mundo, cantam o hino com orgulho, balançam bandeirolas e torcem pela vitória da seleção! Acabado o espetáculo, guardam-se os acessórios e todos voltam para seus mundinhos individuais; está garantida a unidade nacional e ninguém interfere na política do alto da pirâmide.

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O brasileiro é mesmo um patr´idiota, uma criação dos primeiros estrangeiros que dominaram esse país e deixaram seus filhos no comando. O brasileiro é um tolo que confunde nação com seleção, compra bandeirinhas verde-amarelo em tempo de Copa e permite que sejamos espoliados e explorados por uma elite interesseira e forasteiros imperialistas.
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Seguimos sendo uma das dez maiores potências econômicas do mundo, que, apesar do crescimento medíocre, sustenta curiosos, luxuosos e deprimentes absurdos, como o fato de sermos o país onde mais se fazem cirurgias plásticas no mundo e onde mais se consomem remédios para emagrecer, porém dono dos maiores índices de desigualdade social e concentração de renda mundiais, péssima educação e saúde públicas, violência descontrolada, mais parecendo uma guerra civil constante, um combate entre o miserável e explorado, refugo do sistema, que pega na arma para sobreviver e ter tudo o que nunca teve nem terá, contra a elitista classe média e alta (e astronomicamente alta), os barões empresários e coronéis industriais, que desfilam pelas ruas de carro importado (afinal, não existem carros nacionais, mesmo os “produzidos” aqui, são apenas montados, com peças oriundas de vários lugares da Ásia, e todos de marcas estrangeiras. Até os ônibus são de marcas estrangeiras!), ostentando seus novíssimos celulares, também de marcas imperiais.
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Uma nação sem povo, apenas um monte de pagadores de impostos, calados, cabeças baixas, pseudo-cidadãos, não tem futuro. Mas, ironicamente, alguém cantou “O Brasil é o país do futuro”.

segunda-feira, 24 de setembro de 2007

Com a ponta de um lápis, rasgam-se estruturas, constroem-se mundos! Viva a nossa força!


O POETA-OPERÁRIO
Grita-se ao poeta:
"Queria te ver numa fábrica!
O quê? Versos? Pura bobagem".
Talvez ninguém como nós
ponha tanto coração
no trabalho.
Eu sou uma fábrica.
E se chaminés
me faltam
talvez seja preciso
ainda mais coragem.
Sei.
Frases vazias não agradam.
Quando serrais madeira
é para fazer lenha.
E nós que somos
senão entalhadores a esculpir
a tora da cabeça humana?
Certamente que a pesca é coisa respeitável.
Atira-se a rede e quem sabe?
Pega-se um esturjão!
Mas o trabalho do poeta
é muito mais difícil.
Pescamos gente viva e não peixes.
Penoso é trabalhar nos altos-fornos
onde se tempera o ferro em brasa.
Mas pode alguém
acusar-nos de ociosos?
Nós polimos as almas
com a lixa do verso.
Quem vale mais:
o poeta ou o técnico
que produz comodidades?
Ambos!
Os corações também são motores.
A alma é poderosa força motriz.
Somos iguais.
Camaradas dentro da massa operária.
Proletários do corpo e do espírito.
Somente unidos,
somente juntos remoçaremos o mundo,
fá-lo-emos marchar num ritmo célere.
Diante da vaga de palavras
levantemos um dique!
Mãos à obra!
O trabalho é vivo e novo!
Com os oradores vazios, fora!
Moinho com eles!
Com a água de seus discursos
que façam mover-se a mó!

Maiakóvski
-//-
As palavras são mais fortes do que qualquer espada! As idéias são são mais fortes do que a vida e a morte! "O trabalho é vivo e novo!" e não vamos nunca parar de cantar aos quatro cantos e ainda aos cantos esquecidos o nosso hino de justiça, porque é o amor ao próximo, o amor próprio dos poetas, dos seres humanos, que nos motiva à luta! É por isso que cantamos nossas palavras, nossos versos, nossa força!
-
Meu coração é forçamotriz para a mudança! Meus braços são pontes para o futuro! Minhas palavras são meus canhões contra os muros excludentes! Contra tudo aquilo que segrega e oprime! Contra o egoísmo e a bestialidade do homem!

segunda-feira, 17 de setembro de 2007

Holocausto ambiental?... Avante economia, por cima de qualquer floresta! & a "ameaça" iraniana...


Os EUA, a França, Inglaterra e outros do restrito clube nuclear, formalmente criado pelo TNP (tratado de não proliferação nuclear, que determina que apenas os países que já houvessem explodido uma bomba atômica até 1º de janeiro de 1967 podem manter seus arsenais nucleares) afirmam que o Irã e seu programa nuclear ameaçam o mundo à um "holocausto nuclear"...
-
E o holocausto ambiental, em que as maiores nações industrializadas, nas quais cada habitante polui 10 a 15 vezes mais que qualquer habitante do mundo subdesenvolvido não importa, não é? Ninguém propõe sanções econômicas contra essas nações para que elas parem de destruir nosso planeta, afetando não só a eles, mas principalmente os países pobres, os principais afetados.
Já o Irã "não pode de maneira alguma" desenvolver qualquer tecnologia, que se torna uma "ameaça" ao mundo.
-
Esses países, ditos desenvolvidos, já são uma ameaça ao mundo desde que nasceram e passaram a se expandir e crescer à custa da humanidade, explorando-a. Continuam sendo a grande ameaça ao mundo. Mas ninguém ousa dizer isso, não é?...
-
Hipocrisia do capital!



Maiores infos:

domingo, 16 de setembro de 2007

Quem acredita, sempre alcança, quem acredita, sempre alcança...


Mas uma vez

Mas é claro que o sol
Vai voltar amanhã,
Mais uma vez eu sei.
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Há esperança é a maior força do homem e a única coisa que nunca nos falta e quando nos falta, já não podemos lutar ou viver... uma vida sem esperança já se perdeu...
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Escuridão já vi pior
De endoidecer gente sã,
Espera que o sol já vem.

-
Todas as adversidades que enfrentamos, são compativeis com as forças que temos para combaté-las, se não desistirmos, se formos fortes, sempre poderemos vencer no final, alcançar aquilo que precisamos alcançar, porque Ele não nos colocou aqui em vão nem nos falta com todo o necessário para cumprirmos nossa missão, mesmo que não entendamos isso.
-
Tem gente que está do mesmo lado que você,
mas deveria estar dolado de lá.
-
Quando foi que os homens se tornaram não confiáveis? Como perdemos essa dádiva da confiança e assim, todos os alidos da vida, nosso próximo, nosso semelhante, nos quais agora não podemos mais confiar, correndo o risco de sermos atacados, traídos por eles?
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Tem gente que machuca os outros,
Tem gente que não sabe amar,
Tem gente enganando agente,
Veja nossa vida como está.
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Por quê? Por quê? Essas são verdades crueis de se aceitar. Porque os homens não enxergam que a única coisa que importa é amar, que é ilógico, contrário à nossa real natureza, machucar um igual? Que nossa beleza está no coletivo?
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Mas eu sei que um dia agente aprende!
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A mais forte das esperanças!
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Se você quiser alguém em quem confiar,
Confie em si mesmo!
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Seja sua própria fortaleza, seja sua força, confie! Acredite em si, seja você, é tudo que podes ser.
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Quem acredita sempre alcança!
-
Acredite.
-
Mas é claro que o sol
Vai voltar amanhã
Mais uma vez, eu sei.
Escuridão já vi pior,
De endoidecer gente sã,
Espera que o sol já vem.
-
Sempre há o amanhã para vencermos o que ainda não foi possível hoje.
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Nunca deixe que lhe digam
que não vale a pena
acreditar num sonho que se tem,
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Você é do tamanho dos seus sonhos, você é tão forte quão incríveis forem teus sonhos e sem eles nunca poderás evoluir, nunca poderás ser verdadeiramente você ou ser feliz. Ninguém pode tirar isso de nós, nossos sonhos.
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Ou que seus planos nunca vão dar certo,
-
Lute, continue lutando, quando acreditamos, podemos realizar qualquer coisa! Tudo pode dar certo.
-
Ou que você nunca vai ser alguém!
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Você é alguém, você é você! Isso é a maior e mais incrível verdade existente e isso é só o começo de todo o imenso potencial de cada um.
-
Tem gente que machuca os outros,
Tem gente que não sabe amar,
Mas eu sei que um dia a gente aprende.
Se você quiser alguém em quem confiar,
Confie em si mesmo.
Quem acredita sempre alcança...
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Eu acredito. Você acredita? Vamos lutar juntos que a jornada é longa...

quarta-feira, 12 de setembro de 2007

Olhos de quem não quer ver, boca que não aprendeu a falar, ouvidos incapazes de escutar... mãos? nada fazem para mudar!

Carta à Juventude...


A juventude está enterrada sob a avalanche de influências, chamarizes e os pisca-pisca dos letreiros luminosos das lojas. São tantas luzes, tantos anúncios, propagandas, imagens, sons, etiquetas e preços, tudo pedindo, digo, exigindo a atenção dos olhos juvenis, palpitantes e inquietos.
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Essa mortalha que os envolvem escurece a percepção da realidade, do entendimento do que realmente acontece além dos limites do “shopping” – o mundo limitado da juventude.
Quando os olhos abertos apenas conseguem perceber os estímulos escuros, quando tudo é escuridão, podemos ousar dizer que eles realmente estejam abertos? Uma simples ilusão que esconde os “olhos fechados” dessas mentes inocentes.
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A prática do pensamento, do raciocínio lógico e crítico, é agora algo esquecido, relegado aos antepassados, cuja juventude sabia o significado de palavras como “luta”, “coragem” e “justiça”. Nossa juventude trocou o “p” de pensamento pelo “p” de posse. Não são os cidadãos “democraticamente” eleitos que governam os países em nosso mundo capitalista, são os pronomes possessivos. Por trás de praticamente qualquer ação política, ‘pública’ ou privada existe um pronome possessivo por trás, respaldando o ato – existe sempre um “meu interesse”, “meu benefício”, “meu lucro”, “minha carreira”, “meu bem-estar”, “seu lucro também, se você seguir os meus interesses”... e por ai vai, estando os destinos de todos nas mãos desses pronomes. Mas não são todos os pronomes possessivos, apenas os relacionados às pessoas do singular, elites gramaticais - ‘Meu’, ‘teu’ e ‘seu’. Os - ‘Nosso’, ‘vosso’, ‘deles’ – são a periferia, a classe baixa e marginal. Nenhum filhinho de papai que se respeite usaria pronomes de quinta categoria como esses a menos que seja em uma frase como “prendam eles!”.
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Dinheiro. Dinheironismo? Os shoppings são o templo de peregrinação sextal, sabadal e dominical, recebendo nos fins de semana - período sagrado, guardado o ritual do consumo exacerbado e despreocupado – todo tipo de jovem. A maioria está ali para procurar no convívio com o grupo (outros jovens com a mesma busca que todos) um bálsamo para suas vidas sem sentido. Qual o sentido da vida? Por que estamos aqui? Apesar de nunca fazerem essa pergunta filosófica, os jovens são aqueles que nos parecem mais ansiosos por estas respostas, perdidos, soterrados num mundo brilhante, barulhento, etiquetado e sem sentido.
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Na escola nos ensinam a calcular traços vazios, cruzes somatórias, igualdades inúteis. Aprendemos a decorar fórmulas para descobrir qualquer constante física, o formato estrutural da molécula de qualquer substância química, as características de todos os filos, classes e gêneros dos cinco reinos da natureza. Ninguém está preocupado em ensinar a somar esforços, subtrair desigualdades, dividir o pão e multiplicar a alegria, nem em nos mostrar a constante da justiça, ou nos fazer entender e questionar a estrutura da sociedade estratificada, hierárquica em que vivemos, também não querem fazer os jovens racionalizar o sentido de haverem classes e ‘reinos’ que habitam o primeiro, segundo, terceiro mundo e outros mais, frutos da crueldade humana.
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A juventude que cresceu acostumada a assistir televisão, diferente das antigas gerações que iam brincar de bola na rua ou de boneca na pracinha, está agora a ser expectador, mesmo quando a tela a sua frente não é a da tevê, mas de seus próprios olhos.
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Uma juventude assombrada pelo fantasma do Mercado de Trabalho, que é realmente um fantasma, já que o emprego morre a cada dia, perdendo espaço para as frias máquinas, eficiência desumana, e pelo monstro da violência, essa criatura que se esconde nos olhos tristes do mendigo ou do conformado flanelinha.
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Quando eu olho para meus companheiros de geração, esses futuros homens e mulheres que, junto comigo carregam o título de juventude, só posso ficar desesperado com a discrepância entre o percentual de cabeças pensantes e pseudocabeças, meros suportes para acessórios de grife, bonés, óculos, jóias e piercings (marcas dessa juventude). Só posso ficar indignado, injuriado com os buracos negros que existem sob esses cabelos artificiais de tinturas e penteados, sugando todo o lixo industrial e comercial, puxando até a luz das coisas e forçando-as à escuridão.
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Juventude nossa, minha, de todos, acorde para a vida. A vida não vai esperar passar o próximo seriado americano, ou estréia de hollywood ou novela global. A vida vai passar enquanto estais, estamos, inertes.
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Boa sorte, juventude. Por que com as coisas do jeito que estão, indiferentes, só muita sorte para que os poucos conscientes e lutadores consigam vencer a acomodação geral e desempenhar o papel para o qual existem, revolucionar o mundo, transgredir o habitual e opressor, inovar, na chama de um ideal: Igualdade, Fraternidade, Liberdade. Incendiar as fundações da injustiça e reerguer a humanidade da lama social em que se encontra, cheia de fome, guerra, morte.
Boa Sorte.

segunda-feira, 3 de setembro de 2007

Sem os peixinhos, os tubarões morreriam de fome...



Bertolt Brecht

Se os tubarões fossem homens, eles seriam mais gentís com os peixes pequenos. Se os tubarões fossem homens, eles fariam construir resistentes caixas do mar, para os peixes pequenos com todos os tipos de alimentos dentro, tanto vegetais, quanto animais. Eles cuidariam para que as caixas tivessem água sempre renovada e adotariam todas as providências sanitárias cabíveis se por exemplo um peixinho ferisse a barbatana, imediatamente ele faria uma atadura a fim de que não morressem antes do tempo. Para que os peixinhos não ficassem tristonhos, eles dariam cá e lá uma festa aquática, pois os peixes alegres tem gosto melhor que os tristonhos.
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Naturalmente também haveria escolas nas grandes caixas, nessas aulas os peixinhos aprenderiam como nadar para a guelra dos tubarões. Eles aprenderiam, por exemplo a usar a geografia, a fim de encontrar os grandes tubarões, deitados preguiçosamente por aí. Aula principal seria naturalmente a formação moral dos peixinhos. Eles seriam ensinados de que o ato mais grandioso e mais belo é o sacrifício alegre de um peixinho, e que todos eles deveriam acreditar nos tubarões, sobretudo quando esses dizem que velam pelo belo futuro dos peixinhos. Se encucaria nos peixinhos que esse futuro só estaria garantido se aprendessem a obediência. Antes de tudo os peixinhos deveriam guardar-se antes de qualquer inclinação baixa, materialista, egoísta e marxista. E denunciaria imediatamente os tubarões se qualquer deles manifestasse essas inclinações.
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Se os tubarões fossem homens, eles naturalmente fariam guerra entre si a fim de conquistar caixas de peixes e peixinhos estrangeiros.As guerras seriam conduzidas pelos seus próprios peixinhos. Eles ensinariam os peixinhos que, entre os peixinhos e outros tubarões existem gigantescas diferenças. Eles anunciariam que os peixinhos são reconhecidamente mudos e calam nas mais diferentes línguas, sendo assim impossível que entendam um ao outro. Cada peixinho que na guerra matasse alguns peixinhos inimigos da outra língua silenciosa, seria condecorado com uma pequena ordem das algas e receberia o título de herói.
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Se os tubarões fossem homens, haveria entre eles naturalmente também uma arte, haveria belos quadros, nos quais os dentes dos tubarões seriam pintados em vistosas cores e suas guelras seriam representadas como inocentes parques de recreio, nas quais se poderia brincar magnificamente. Os teatros do fundo do mar mostrariam como os valorosos peixinhos nadam entusiasmados para as guelras dos tubarões.A música seria tão bela, tão bela, que os peixinhos sob seus acordes e a orquestra na frente, entrariam em massa para as guelras dos tubarões sonhadores e possuídos pelos mais agradáveis pensamentos. Também haveria uma religião ali.
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Se os tubarões fossem homens, eles ensinariam essa religião. E só na barriga dos tubarões é que começaria verdadeiramente a vida. Ademais, se os tubarões fossem homens, também acabaria a igualdade que hoje existe entre os peixinhos, alguns deles obteriam cargos e seriam postos acima dos outros. Os que fossem um pouquinho maiores poderiam inclusive comer os menores, isso só seria agradável aos tubarões, pois eles mesmos obteriam assim mais constantemente maiores bocados para devorar. E os peixinhos maiores que deteriam os cargos veleriam pela ordem entre os peixinhos para que estes chegassem a ser, professores, oficiais, engenheiros da construção de caixas e assim por diante. Curto e grosso, só então haveria civilização no mar, se os tubarões fossem homens.
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Qualquer semelhança com a realidade não é mera coincidência...

Um dia nada disso será seu, a menos que você perceba que já é seu e pegue de volta!


Gostarias de um dia ter que dizer isto a um filho seu? Gostarias de saber que seu filho nada tem e não tem como viver dignamente? Os pais da classe média e alta nunca terão que dizer isto a um filho, seu clone mimado e programado a perpetuar o sistema, mas saiba que esta é a realidade de 2 terços da humanidade que vive na miséria!
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A humanidade possui cerca de 6 bilhões de indivíduos. 2 terços da humanidade é vítima da pobreza em diferentes graus. Faça as contas e perceba esta matemática do diabo, a lógica perversa do capital.

Se eles soubessem, lutariam... Sacou?! Grite! A Verdade não pode mais ser manipulada, não pode nos ser negada!

O Capitalismo é um regime de exploração, os salários mínimos são sistemas de exploração, escravaturas disfarçadas, a propriedade privada é um instrumento da exploração, um roubo, um genocídio, uma injustiça.
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Quem permitiu que o primeiro homem dissesse que um pedaço de terra fosse dele? Quem deu para ele? De quem ele comprou? Que direito é esse de um homem possuir algo que na natureza é comum, é de todos?
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A propriedade privada foi uma imposição de injustos, gananciosos, infames homens, demônios algozes de outros homens. E aprendemos em casa e na escola, desde que nascemos, que isto é natural, que isto é comum, que isto é justo. Por quê? É justo que alguém que nasceu sem nada, morra sem nada e tenha morrido justamente porque não tinha nada, enquanto alguém que já nasceu com tudo, continue querendo ainda mais e não meça esforços para conseguir mais e mais, roubando, extirpando, matando e fortalecendo seu sistema de dominação? Que justiça é essa?!
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O Criador pode diferenciar-nos quanto aos dons que recebemos, nossas virtudes, que variam de um para outro, mas não quanto às nossas oportunidades, nossas condições de vida. Essas diferenças foram criações humanas. Não é uma luta do mais fraco contra o mais forte. Porque, o que determina quem é mais fraco ou forte? O dinheiro. É o sistema que coloca alguns no pódio de mais forte e outros no pódio de mais fraco, de acordo com suas posses. Nossos dons foram reduzidos a nossos pertences, e nossas virtudes completamente suprimidas por nossas contas bancárias. É algo imposto, arbitrário, injusto, inaceitável.
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Vive-se num pseudo-mundo, uma realidade de fachada, onde nos fazem acreditar que esta é a lei irrevogável da convivência humana: 'tenho, logo, existo'. Afinal, esta "lei" é a máxima do capitalismo, pois todas as ações são consideradas baseado em quem tem e quanto tem. As populações humanas desprovidas de posses são simplesmente ignoradas ou obleteradas, quando tentam obstruir a "ordem estabelecida".
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Como eles fazem isso? Com uma lavagem cerebral histórica, que nos acompanha desde o berço. Mesmo que no Capitalismo, os que não "tem" sejam maioria, eles são desagregados e colocados uns contra os outros, são afastados e levados a se confrontarem ou simplesmente se ignorarem. São levados a acreditar que precisam lutar, não para combater este sistema, mas para conseguir entrar nele, para entrar na classe dos que "tem", através dos maiores sacrifícos que mesmo assim, não permitem à grande maioria se incluir na "sociedade capitalista" e que garantem ainda mais riquezas para os ricos, pois eles se sacrificam trabalhando mais e se submetendo à maiores explorações.
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Desprogramar! Acordar! Levantar! Unir! Lutar! Revolucionar! Insurreição popular!
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sexta-feira, 31 de agosto de 2007

Ser você mesmo é o maior eu que você sabe ser

(Teu eu eterno e livre e jamais sozinho...)


Seja você

Quando se está sozinho, você está porque você o quer.
Ninguém pode deixá-lo sozinho, podem ir todos embora,
Mas só se você quiser, a solidão pode invadi-lo,
Porque o maior presente que Ele te deu
Não foram bens materiais, nem paisagens, nem oportunidades,
Foi você.

É você que lhe foi dado, você é seu presente,
Você é tudo, é sua liberdade, sua prisão,
Sua humanidade, sua solidão.
Ninguém pode roubar-lhe isso,
Pois és imortal, apesar da matéria.
Podem até roubar-nos a vida, mas ela sempre volta,
Como um melhor amigo, um amigo fiel.

É parte de nós, é esta força.

Nunca estaremos sós, pois somos nossos irmãos.
Eu sei, você sabe, basta acreditar.
Esta alma divisível em mil partes, e ainda infinita.
É o amor.
Quanto mais se reparte, mais se multiplica, disse um sábio uma vez,
E assim, sejamos, sejamos, sejamos, sejamos... todos.
Somos Um, somos eu, você e amor. Isso é tudo que importa.

Grande, fraco, pequeno, forte, capaz, temeroso. Conceitos,
Nada mais. A verdade é que sabemos a verdade, e não há outra.
Sabemos que isto é enganoso. Mas nos deixamos levar, quando nos esquecemos
Deste presente, quando nos esquecemos de nós.

Foi então que Ele nos deu outro presente, a esperança.
Que mesmo em nosso esquecimento, nos mantêm firmes, até que recordemos
Quem somos. Pode levar vidas, mas temos todas.
Temos tudo, tudo que é preciso.
Pois temos a nós mesmos.
Seja você, apesar de tudo.
E sendo você, mostre aos esquecidos o que é possível,
Lute por eles, lute pelas suas lembranças,
Não seja você sozinho, lute por eles, e estará lutando por você.
Eles são você, antes de você se lembrar.
Veja-se nestes rostos, e ajude-se.
Seja você.

--//--

Não se esqueça dos outros assim como não se esqueça de ti mesmo.

"Amai ao próximo como a ti mesmo" - não um mandamento, uma ordem, mas uma verdade humana, uma necessidade, a verdadeira maneira de viver.

Porque amar ao próximo completa o teu amor por ti assim como amar-se permite que ames a outrem. E o amor é o caminho divino que leva a todos os recantos do universo exterior, a realidade, e os universos interiores que existem dentro de cada ser humano e criatura da natureza. Ame... é o único conselho que cada um de nós precisa, e o escutamos todos os dias codificado no cantar dos pássaros ou no desabrochar das flores. Mas não percebemos... pois "o essencial é invisível aos olhos" (Saint-Exupéry)... também só com amor podemos vencer as nossas limitações sensoriais para reconhecermos o essencial... o próprio amor.

"Eu sou, você é,
e amar é tudo o que importa"

Richard Bach

quarta-feira, 29 de agosto de 2007

Cercas de arame farpado dilaceram os corações egoístas... -

(Ao invés de nos dar as mãos, levantamos cercas...)
Farpas

Entre tantas riquezas que brotam de nosso chão,
Tanta fartura e vida de nossa imponente nação,
Não há justiça para os nascidos,
Filhos da mesma terra,
Há fome, há miséria, há cercas de palitos
E a morte que no final os enterra...

Um país continental, maior dentre a maioria do mundo,
Com terra a perder de vista e ainda mais um pedaço,
Mas cheia de pobres cansados, desgraçados moribundos
Oprimidos pela mesma terra, que lhes é negada - o cangaço,
O sertão, o cerrado, as pradarias, os vales profundos...

Nada lhes pertence, já está tudo cercado.
São coronéis, herdeiros dos engenhos
Os mandatários de todo o arado
E das gotas de suor que lhes encharcam o cenho...

Uma farpada nação de latifúndios
Sanguinolenta história de magreza cruel,
De um povo que roga para que no céu
Encontre o que faltou neste lugar arredio.

Morte e Vida Severina "Somos muitos Severinos, iguais em tudo na vida: iguais porque o sangue que usamos tem pouca tinta..."


Essa cova em que estás,
com palmos medida,
é a cota menor
que tiraste em vida.
- É de bom tamanho,
nem largo nem fundo,
é a parte que te cabe
neste latifúndio.

- Não é cova grande.
é cova medida,
é a terra que querias
ver dividida.

- É uma cova grande
para teu defunto parco,
porém mais que no mundo
te sentirás largo.

Viverás, e para sempre
na terra que aqui aforas:
e terás enfim tua roça.
- Aí ficarás para sempre,
livre do sol e da chuva,
criando tuas saúvas.
- Agora trabalharás
só para ti, não a meias,
como antes em terra alheia.
- Trabalhando nessa terra,
tu sozinho tudo empreitas:
Serás semente, adubo, colheita.
- Trabalharás numa terra
que também te abriga e te veste:
embora com o brim do Nordeste.
- Será de terra
tua derradeira camisa:
te veste, como nunca em vida.

- Esse chão te é bem conhecido
(bebeu teu suor vendido).
- Esse chão te é bem conhecido
(bebeu o moço antigo)
- Esse chão te é bem conhecido
(bebeu tua força de marido).
- Desse chão és bem conhecido
(através de parentes e amigos).
- Desse chão és bem conhecido
(vive com tua mulher, teus filhos)
- Desse chão és bem conhecido
(te espera de recém-nascido).

- Não tens mais força contigo:
deixa-te semear ao comprido.
- Já não levas semente viva:
teu corpo é a própria maniva.
- Não levas rebolo de cana:
és o rebolo, e não de caiana.
- Não levas semente na mão:
és agora o próprio grão.
- Já não tens força na perna:
deixa-te semear na coveta.
- Já não tens força na mão:
deixa-te semear no leirão.

- Despido vieste no caixão,
despido também se enterra o grão.
- De tanto te despiu a privação
que escapou de teu peito à viração.
- Tanta coisa despiste em vida
que fugiu de teu peito a brisa.
- E agora, se abre o chão e te abriga,
lençol que não tiveste em vida.
- Se abre o chão e te fecha,
dando-te agora cama e coberta.
- Se abre o chão e te envolve,
como mulher com que se dorme.

(Trecho de Morte e Vida Severina, de João Cabral de Melo Neto.)

--//--

Só a cova aguarda o nordestino, só a morte lhe estende a mão. Fora o suor que ele derrama no sertão, nada mais lhe cabe, nada lhe é próprio, nem onde pisa, seu rachado chão. É uma terra tão grande nas mãos de tão poucos. E pelo direito à propriedade privada, assassinam-se milhares de pessoas pela privação...

Que a terra um dia seja de todos, pois ninguém pode se dizer dono da natureza, do natural.
A propriedade privada é um crime à humanidade e maldito foi o homem que criou a cerca.

segunda-feira, 27 de agosto de 2007

Porque cantamos? Porque nossos corações batem como tambores agitados, nossas veias vibram como cordas de violinos e os pulmões reverberam sua força...


Porque Cantamos


Se cada hora vem com sua morte
se o tempo é um covil de ladrões
os ares já não são tão bons ares
e a vida é nada mais que um alvo móvel

você perguntará por que cantamos

se nossos bravos ficam sem abraço
a pátria está morrendo de tristeza
e o coração do homem se fez cacos
antes mesmo de explodir a vergonha

você perguntará por que cantamos

se estamos longe como um horizonte
se lá ficaram as árvores e céu
se cada noite é sempre alguma ausência
e cada despertar um desencontro

você perguntará por que cantamos

cantamos porque o rio esta soando
e quando soa o rio / soa o rio
cantamos porque o cruel não tem nome
embora tenha nome seu destino

cantamos pela infância e porque tudo
e porque algum futuro e porque o povo
cantamos porque os sobreviventes
e nossos mortos querem que cantemos

cantamos porque o grito só não basta
e já não basta o pranto nem a raiva
cantamos porque cremos nessa gente
e porque venceremos a derrota

cantamos porque o sol nos reconhece
e porque o campo cheira a primavera
e porque nesse talo e lá no fruto
cada pergunta tem a sua resposta

cantamos porque chove sobre o sulco
e somos militantes desta vida
e porque não podemos nem queremos
deixar que a canção se torne cinzas.

Mário Benedetti - Antologia Poética - “só quando transgrido alguma ordem o futuro se torna respirável”.


--//--


Somos militantes desta vida e não podemos deixar que nossa canção se torne cinzas! Porque a luta é acorde, em nosso peito, da harmônica melodia da justiça...
Cantamos porque cremos nessa gente, em nós mesmos! E nossas lutas de tantas derrotas nos prometem a maior vitória!

Se esta rua fosse minha, minha não seria, seria de todo homem, meu irmão.

(Havana, Cuba)

Se esta rua fosse minha

Se esta rua fosse minha
Para mim eu construiria
Uma agradável moradia
Para dormir no fim do dia.

Mas se alguém mais não tivesse
Um teto para lhe cobrir,
Eu diria que viesse
Na minha casa poderia dormir.

Se à outros tantos faltasse
Uma cama para repousar,
Logo os faria chamar
Para que na rua ninguém ficasse.

Até que um dia um cavalheiro diria
- A todos queres acolher?
Não vês que nem Deus, Vossa Senhoria
Pôde todos socorrer?

Chamaria a mim de idealista
E um grande tolo, sonhador,
Que por mais que eu insista,
Onde tanto pobre iria pôr?

Então lhe disse que nunca iria
Fechar a porta para um irmão,
Tão grande ser a minha casa poderia
Quão grande fosse meu coração!

Continuei dizendo que o país
Realmente só progride
Quando alguém do seu divide,
Ao invés de olhar o próprio nariz!

Quando a solidariedade
For hino em toda parte
E com quem precisa divide-se o pão,
Para quem desiste, estende-se a mão.

Prefiro ser um idealista
Do que um rico egoísta,
Pois o bem da humanidade
Não se constrói com desumanidade.

Não é o egoísmo do mais rico,
Nem a ignorância do excluído,
Tampouco a fraqueza do oprimido
Ou a ganância do político,

Que guiará os homens do mundo
Para um futuro deveras justo,
Onde ninguém durma na rua ou passe fome
E poderá se dizer bom este novo homem.
--//--
Ciranda ideal...

quarta-feira, 22 de agosto de 2007

Eco







Eco

Você faz o que eles dizem.
Já está tudo programado –
Membros, corpo, eucalipto,
Microprocessador controlado.

Faça, coma, vista, compre!
O horário precisa ser seguido.
Que fazer? Você já sabe,
É só ouvir o seu amigo,
- A Globo sabe do que você precisa.

Programação de vida, você consegue!
A droga lhe sustenta e entorpece...
Isso é um vício que você esquece,
Só aperta o botão que ela aparece
- A Globo sabe do que você precisa.

Ver, ver, ver...
Antigamente se liam livros,
Mas não passam na televisão.
Eles não anunciavam, nem eram vivos
Como é um filme de ação!
- A Globo sabe do que você precisa,
Você não!

segunda-feira, 13 de agosto de 2007

Liberdade, Fraternidade, Igualdade! Sem um desses pilares, desabamos na desumanidade...

(Na bandeira diz - Liberdade, ainda que tardia!)

"Nós que, pelo império das circunstâncias, dirigimos a revolução, não somos donos da verdade, menos ainda de toda a sapiência do mundo. Temos que aprender todos os dias. No dia em que deixarmos de aprender, que acreditarmos saber tudo ou que tivermos perdido nossa capacidade de contato ou de intercâmbio com o povo e com a juventude, será o dia em que teremos deixado de ser revolucionários e, então, o melhor que vocês poderiam fazer seria jogar-nos fora..."


(Che Guevara)


Revolucionar é aprender, é crescer, é compartilhar, é mudar!

Em um mundo em que isso é suprimido por regras, etiquetas, deveres e leis, impostas por domínios absolutos, opressores, exploradores, é preciso grande força para resgatar tais valores - aprendizado, crescimento, troca, mudança...


Viva a relovução!

Piscou? Uma alma acabou de ser levada embora... Por quê? Porque o homem não se importa...


A Hora

A hora cortante rasga o ímpeto vital,
E as asas negras surgem de repente
Roubando do corpo o suspiro final,
Último pulsar que o coração pressente.

Pelo relógio infernal morrem-se nas horas
Tantas vidas perdidas e descontentes,
Tragadas pela treva, engolid´aurora
Dos injustiçados, esquecidos e doentes.

O anjo negro lança sobre a terra
Inda de dia, a escuridão funérea,
Adaga mortífera ao peito a morte encerra,
Golpe final para os filhos da miséria.

Nas horas sepulcrais esta asa impera
Sobrevoando os corpos desumanos.
Anjos apocalípticos são homens tiranos:
Anjos da Morte, Fome, Peste e Guerra.

Lutemos para vencer a ganância, o ódio e a prepotência!


Sinto muito, mas não pretendo ser um imperador. Não é esse o meu ofício. Não pretendo governar ou conquistar quem quer que seja. Gostaria de ajudar a todos, se possível: judeus, o gentio... negros... brancos.

Todos nós desejamos ajudar uns aos outros. Os seres humanos são assim. Desejamos viver para a felicidade do próximo, não para o seu infortúnio. Por que temos de odiar e desprezar uns aos outros. Neste mundo há espaço para todos. A terra, que é boa e rica, pode prover todas as nossas necessidades.

O caminho da vida pode ser o da liberdade e da beleza, porém desviamo-nos dele. A cobiça envenenou a alma dos homens... levantou no mundo as muralhas do ódio... e tem-nos feito marchar a passo de ganso para a miséria e os morticínios. Criamos a época da produção veloz, mas nos sentimos enclausurados dentro dela. A máquina, que produz em grande escala, tem provocado a escassez. Nossos conhecimentos fizeram-nos céticos; nossa inteligência, empedernidos e cruéis. Pensamos em demasia e sentimos bem pouco. Mais do que máquinas, precisamos de humanidade; mais do que inteligência, precisamos de afeição e doçura! Sem essas virtudes, a vida será de violência e tudo estará perdido.

A aviação e o rádio aproximaram-nos muito mais. A própria natureza dessa aproximação é um apelo eloqüente à bondade do homem... um apelo à fraternidade universal... à união de todos nós. Neste mesmo instante, a minha voz chega a milhões de pessoas pelo mundo a fora. Milhões de desesperados, homens e mulheres, criancinhas... vítimas de um sistema que oprime seres humanos e encarcera inocentes. Aos que me podem ouvir, eu digo: “Não desespereis!” A desgraça que tem caído sobre nós não é mais do que o produto da cobiça em agonia... da amargura de homens que temem o avanço do progresso humano. Os homens que odeiam desaparecerão, os ditadores sucumbirão e o poder que do povo arrebataram há de retornar ao povo. E assim, mesmo que morram homens, a liberdade nunca perecerá.

Soldados! Não vos entregueis a esses homens violentos... que vos desprezam... que vos escravizam... que arregimentam as vossas vidas... que ditam os vossos atos, as vossas idéias e os vossos sentimentos! Que vos fazem marchar ao mesmo passo, que vos submetem a uma alimentação racionada, que vos tratam como um gado humano e que vos utilizam como carne para canhão! Não sois máquinas.

Homens é que sois! E com o amor da humanidade em vossa alma! Não odieis! Só odeiam os que não se fazem amar.... os que não se fazem amar e os desumanos.

Soldados! Não batalheis pela escravidão! Lutai pela liberdade! No décima sétimo capítulo de São Lucas está escrito que o Reino de Deus está dentro do homem – não de um só homem ou de um grupo de homens, mas de todos os homens! Está em vós! Vós, o povo, tendes o poder – o poder de tornar esta vida livre e bela... de fazê-la uma aventura maravilhosa! Portanto – em nome da democracia -, usemos esse poder, unamo-nos todos nós! Lutemos por um mundo novo... um mundo bom, que a todos assegure um ensejo de trabalho, que dê futuro à mocidade e segurança à velhice.

É pela promessa de tais coisas que desalmados têm subido ao poder. Mas só mistificam! Não cumprem o que prometem. Jamais o cumprirão! Os ditadores liberam-se, porém escravizam o povo. Lutemos agora para libertar o mundo, abater as fronteiras nacionais, dar fim à ganância, ao ódio e à prepotência. Lutemos por um mundo de razão, um mundo em que a ciência e o progresso conduzam à aventura de todos nós. Soldados, em nome da democracia, unamo-nos!

Hannah, estás me ouvindo?! Onde te encontres, levanta os olhos! Vês Hannah?! O sol vai rompendo as nuvens, que se dispersam! Estamos saindo da treva para a luz! Vamos entrando num mundo novo, um mundo melhor, em que os homens estarão acima da cobiça, do ódio e da violência. Ergue os olhos, Hannah! A alma do homem ganhou asas , afinal, começa a voar. Voar para o arco íris, para a luz da esperança. Ergue os olhos, Hannah! Ergue os olhos!


(Discurso célebre de Charles Chaplin em O Grande Ditador) Que nos lembra que não podemos desistir de nossa luta por "um mundo bom, uma vida livre e bela"

quarta-feira, 8 de agosto de 2007

Navio Negreiro - "Tinir de ferros... estalar de açoite... Legiões de homens negros como a noite, Horrendos a dançar..." - Castro Alves


Latrina Humana! O Sistema Penal é uma fábrica de injustiças!
Justiça?!


Que justiça é essa?
Que conceito de justiça é esse que considera mandar uma pessoa para uma latrina cheia de grandes para torná-lo alguém melhor?

A cadeia só serve para esconder de nossos olhos essas injustiças, essa desigualdade social, esse buraco negro que rouba da população carente qualquer esperança, oprimindo-a, exaurindo-a, permitindo assim que os carros trafeguem sem serem importunados por pedintes ou flanelinhas.

16 anos? Muitos desses algozes que defendem a redução da maioridade penal bem gostariam que ela fosse de 16 semanas! “Desmamou, cadeia neles!” – como disse Cesar Cardoso, em seu texto “Carta a Deus” - Porque essa gente, cuja justiça só enquadra o bem-estar deles, quer condenar os filhos e filhas dos pobres, assim como seus pais já estão condenados. Filho de pobre, por certo, nessa lógica, só tem um destino, imposto por esta sociedade excludente, ser criminoso. Não há outra perspectiva de vida, nenhuma alternativa digna e honesta é fornecida pelo mundo que os cercam. Melhor que preventivamente ele vá logo para a cadeia...

“Nada justifica, nem a pobreza nem a injustiça, nem tudo o que eles sofrem, sem nenhum amparo social, nada justifica o ato de tirar uma vida ou qualquer outro crime hediondo” Eles esbravejam contra os miseráveis dos camburões. Mas eu me pergunto como quem nunca teve sua vida respeitada, valorizada, dignificada, como poderá respeitar qualquer vida? A vida não vale nada para os outros e para a ele, a vida dos outros tão pouco vale alguma coisa. A hipocrisia burguesa é realmente ridícula, esperar que o escravo (moderno), depois de ser açoitado (através de impostos, miséria, fome e violência) a vida inteira por ele, rico cidadão, vai ter compaixão quando tiver a oportunidade de tirar desta sociedade sectária o que nunca recebeu.

A prisão é uma lixeira onde os dominantes jogam o refugo de sua ganância, homens e mulheres - e se depender deles, crianças e adolescentes também - explorados por eles até a última gota de sangue e depois retirada de seus olhos.

Prisões não, navios negreiros. Navios atolados na imundice, na crueldade, na desumanidade, na bestialidade do homem.

Uma sociedade deturpada, preconceituosa, opressora, exploratória, injusta e desigual, cruel e canibal (pois engole impiedosamente todos os seus filhos humildes e joga-os na fogueira da exclusão), desumana e capitalista, não poderá nunca gerar um mundo ideal para todos.

Uma sociedade como esta, um mundo como este, precisam ser reiniciados, refeitos, reconstruídos do zero. Uma revolução é necessária. Só assim, poderemos enfrentar este mal que nos destrói – o egoísmo generalizado, incrustado em todos os aspectos da vida moderna.

Revolucionar!


(O sistema penitenciário do Brasil é um dos 10 maiores do mundo. São 301,8 mil presos, com os quais gasta-se em média R$ 252,8 milhões por MÊS! E ainda, há um déficit de 100 mil vagas, havendo 80 mil que não cabem no sistema, estando confinados em delegacias superlotadas! Isto de acordo com uma reportagem do Correio Braziliense 08/2003, ou seja, atualmente esses números devem ser muito superiores.
http://www2.correioweb.com.br/cw/EDICAO_20030830/pri_bra_300803_127.htm)

quarta-feira, 18 de julho de 2007

Desliga a TV pra ninguém perceber que você não quer nem saber!

(Ira contra a Máquina! - Capa do album da banda de mesmo nome)
Se a humanidade queima, quem se importa?!

Quem se importa?

Tantos milhões de indivíduos,
Tanta miséria e opulência,
Tantos indivíduos entre milhões,
Luxuoso mar de indiferença...

Quem se importa ainda,
Com a massa humana que resta?
Às margens desta sociedade, desta latrina,
Onde até mesmo o homem já não presta!

Ah, nada mais importa, além do reflexo
Especular, da aparência corporal,
Ter, poder, comprar tudo, afinal,
E assim afirmar este vazio desconexo.

Pessoas, pessoas, muitas pessoas...
Simplesmente não tem nada a ver com isso!
Fome? Pobreza? Homens?! Não importunem
As necessidades mundanas – O dinheiro é preciso!
Meu, somente meu, eles dizem;
Milhões e oceanos de tristezas
Não vencem o quebra mar da indiferença,
Os gritos destes pobres segregados,
Morrem na praia!
E eles morrem na distância ignota!
E eles morrem!

Mas quem se importa?!

O que está acontecendo atrás daquele muro?! Não se esconda do mundo!


Que Passa?

Atrás das paredes verdes e mofadas,
Escondidas pelas sacras notas, espelhos celestiais;
Além daquele jardim, daquele muro
Existe, que nunca vi, algo mais.

Em jornais, televisões, em capitais
Não estão, não aparecem, não estão.
Outro mundo que nunca senti,
Homens de além-mar social
Nunca habitaram meu coração,
Eles não surgem nos ricos vitrais.

Que passa depois d´ali,
Para onde nunca olhei, afinal?

Vejo sim, com outros olhos
Vermelhos, negros, brancos e tristes,
Vejo e choro e não entendo
Como nos cegamos no dinheiro,
Como esquecemos nosso povo.
Desde que tu nasceste,
Tu, eu, nós não mais ligamos.
Nosso mundo limita-se ao espelho.
Por que, se àqueles irmãos me assemelho?
Por que não vejo, por quê?
Que passa?

É, nossos globos oculares, nosso globo
Está sujo da verde cédula, de ironia,
Irônica realidade da justiça;
Tantos trabalham p´ra tão poucos
E não vemos...

Que passa?! Muito, muito acontece!
Abramos nossas portas, quebremos este muro!
Que todos sejam um e um se importe
Com todos os demais, cada um de nós!

Que a humanidade seja humana
E acolha todos seus filhos.
Sejamos humanos!
Não deixemos essas vidas passarem
Do outro lado de nossa vida.
Sejamos humanos, sejamos igualmente
Diferentes e unidos!

Que passa?! Saibamos!

"Não se esqueça que o absurdo é sempre a regra"


A Exceção e a Regra

Estranhem o que não for estranho.
Tomem por inexplicável o habitual.
Sintam-se perplexos ante o cotidiano.
Tratem de achar um remédio para o abuso
Mas não se esqueçam de que o abuso é sempre a regra.

(Bertold Brecht)

Não se esqueçam que a história é escrita pelo vencedor e o presente é feito pelo dominador.
As leis que nos regem - não meramente as constituições - mas as coisas que consideramos simplesmente imutáveis, as que 'sempre' estarão presentes, aquilo ao qual estamos acostumados a sermos indiferentes - como passar por um mendigo sem seguer dirigir-lhe o olhar - foram programações criadas em nós pelos "vencedores" em nosso sistema. "Tomem por inexplicável (isto que vemos como) o habitual"

--//--

Canção da saída



Se não tens o que comer
como pretendes defender-te?
É preciso transformar
todo o Estado
até que tenhas o que comer
e então serás teu próprio convidado.

Quando não houver trabalho para ti
como terás de defender-te?
É preciso transformar
todo o Estado
até que sejas teu próprio empregador
e então haverá trabalho para ti.

Se riem de tua fraqueza
como pretendes defender-te?
Deves unir-te aos fracos
e marcharem todos unidos.
Então será uma grande força
e ninguém rirá.

Bertolt Brecht

Transloucados aqueles que esperam que os miseráveis resolvam sua miséria por si mesmos. Hipócritas aqueles que esperam que a pobreza seja combatida pelos pobres. Somente quem pode lutar pela liberdade é aquele que não está na prisão; somente quem pode lutar pela igualdade é o que está acima dos mais fracos, o desigual. É preciso coragem para vencer a confortável posição de indiferente quando se está sentado em uma poltrona. Levantem-se de seus pedestais, aqueles que dominam, e mereçam seu título de racional e humano.

domingo, 8 de julho de 2007

"Prefira enfrentar o mundo servindo à sua consciência, à afrontar a sua consciência para agradar o mundo"


Vermelho

A programação já não funciona!
Não são suficientes os entorpecentes.
Há movimentos em minha mente,
Meu pensamento saiu do coma.

Todos os analgésicos da alma
Que chovem intermitentes
Já não são suficientes
Para manterem o fogo em calma.

Festa! O Coração está batendo
A porta da mudança lá fora.
Eu quero sair correndo!
Jamais irá embora
Este sangue que me sustenta,
Minha vida de aventura!
Viverei cada momento
N´uma luta eterna e dura!

A programação rasgou-se,
As amarras foram retiradas
E as asas libertadas
Para sentir a brisa doce.
Não sou máquina, sou ser humano
De coragem, não de comandos!
Sou tudo que quiser!
Que eu quiser!

domingo, 1 de julho de 2007

"Quando o sangue correr nas ruas, é momento de enriquecer"


Na Guerra Muitas Coisas Crescerão

Ficarão maiores as propriedades dos que possuem
E a miséria dos que não possuem.
As falas do guia
E o silêncio dos guiados.

Bertolt Brecht


--//--

Canção ao Senhor da Guerra


Mais uma guerra sem razão
Já são tantas as crianças com armas na mão
Mas explicam novamente que a guerra gera empregos
Aumenta a produção

Uma guerra sempre avança a tecnologia
Mesmo sendo guerra santa
Quente, morna ou fria
Pra que exportar comida?
Se as armas dão mais lucros na exportação

Legião Urbana

--//--

A Guerra... uma invenção tirana, uma força da dominação, uma imposição de potências, a diversão do homem que, longe de Ser Humano, mais parece um monstro!

Que o fim do império do sangue, nação da guerra, opressor do mundo, esteja próximo, para que os povos de paz respirem em paz...

"Não existe caminhos para a paz, a paz é o único caminho"

Gandhi

segunda-feira, 25 de junho de 2007

Fugindo da vida em cápsulas de loucura...


De comprimido


Em vida de doentes alegrias,
Estupor agudo, tétrica euforia,
Felizes pílulas, sangue azul marinho,
Vive o moderno homem, assim sozinho.

Depressão, de comprimido, compressão
Da felicidade em caixas e seringas,
Licores farmacêuticos, ilusão,
Fugas, enganos, cemitérios...

Na super fartura, sua alma míngua,
Fogem-lhe sentidos e essência,
Esvaziaram-se sentidos e mistérios;

Rodeiam a mente na dependência
Ácida, virtual e estas perdido entre
A lucidez e a loucura. Sem paciência!

'Os antidepressivos não durarão para sempre.'

"Seus dias de fartura estão contados" - "Você tem dinheiro demais"


Edukators

"Atinja um, eduque cem.
A noticia corre.
Outros podem nos imitar. Somos só o pavio.
Achamos mais original ter uma causa...Mudar o mundo.
Vivemos numa ditadura do capital.
O primeiro mundo devia perdoar a dívida do terceiro mundo. É só 0,01% do nosso PIB! (países ricos)
-Vocês (os ricos) os querem pobres! Para poder controlá-los. Forçá-los a vender seus produtos a preços ridículos. É a regra básica do sistema: Exaurir todos até o limite, pra que não possam reagir.
Acha que as pessoas são felizes Hardemberg? (um dos personagens - um rico empresário)
Ei, abra os olhos, saia do seu carro e ande pelas ruas! Elas parecem felizes ou animais assustados?
Veja suas salas de estar.Todas grudadas na tv ouvindo zumbis chiques falarem sobre uma felicidade perdida.
Dirija pela cidade.Verá a imundice, a superpopulação, as massas feito robôs nas escadas rolantes das lojas de departamentos.
Ninguém conhece ninguém.
Acham que a felicidade está ao alcance, mas ela é inalcançável.
Somos só os precursores. Enquanto você surfa na tecnologia, outros sentem ódio.
Como as crianças das favelas vendo filme de ação americanos.

É só o começo. Haverá mais. Mais casos de insanidade. Serial killers, almas destruídas, violência gratuitas. Não podem sedar todo mundo com game shows e shopings. E os antidepressivos não vão funcionar para sempre.
O povo está cansado da Merda do seu sistema (Capitalismo).
- não importa quem inventou a arma e sim quem puxa o gatilho."
-//- trecho do filme - Edukators. Um excelente filme alemão. Excelente! Traz ideais, ações, luta, coragem...
Assista e seja...
"Todo coração é uma célula revolucionária"
Porém estão todos entorpecidos, exauridos, desesperançados, desiludidos, alienados, escurecidos, enganados, cegos, indiferentes, egoistas...
Aos poucos os excluídos acordarão, os inconscientes perceberão o absurdo desta sociedade, os homens reaprenderam a ser unir e a cuidar uns dos outros... ou... PADECERÃO.

quarta-feira, 20 de junho de 2007

Beco... lugares esquecidos onde esquecemos os excluídos...


Beco

Mínimo, menino, medo.
Mísero, subjugado por ele.
Traído até pelo espelho
Que lhe oprime e lhe dá sede.
Pobre e abandonado.
Mínimo respeito.
O menino é forçado
A esconder-se no beco.
Preso, sozinho, assustado,
Na penumbra isolado.
Violência, indigno destino
Oprimem-lhe rumo ao beco.
Sedento no canto remoto,
Por carinho e contentamento,
Só o que deseja o menino
É nunca ter nascido.
Até sonha com conhecimento,
Reconhecimento e algo mais,
E a escuridão
Seus anseios desfaz.
Tornaram-no mínimo
Este menino,
Oprimido pelo desrespeito
Do beco.


--//--


A grande desolação me invade, um sentimento de revolta e miserável tristeza pelas pobres crianças que são 'descartadas' e forçadas a viverem a opressão da exclusão, a violência de suas condições, a destruidora atmosfera humana que os cercam... Manifesto-me por todos os pequenos esquecidos por todos, que, abandonados, refugiam-se nos becos escuros da vida, fugindo das gárgulas sociais que os castigam, que exploram suas infâncias, rasgando-lhes os corpos famintos e desabrigados, as mentes perdidas e tristes, os espíritos dilacerados...E os homens? Seres arrogantes, desprezando os portadores do futuro da humanidade, seguem desumanos e impassíveis, sem 'repintar' este quadro...

sexta-feira, 15 de junho de 2007

É preciso força para quebrar as correntes da alienação, da indiferença, do egoísmo... Esperança é salvação!


“Quando querem transformar
Dignidade em doença
Quando querem transformar
Inteligência em traição
Quando querem transformar
Estupidez em recompensa
Quando querem transformar
Esperança em maldição
(Legião Urbana)

Quando querem transformar

A dignidade dos homens no nosso mundo deve ser curvar ao lucro de uns poucos, ao neoliberalismo, que é um projeto de economia onde é cada um por si, salve-se quem poder pagar, à desigualdade, onde os 10% mais ricos tem muito mais que todo o restante junto, ao egoísmo, onde ninguém mais importa além de si mesmo, à corrupção, onde o dinheiro suado do povo é roubado, à injustiça, onde os menos favorecidos são esmagados, à covardia dos dominantes, que se escondem atrás da ‘polícia’, seu exército pessoal! Hoje ter dignidade é uma doença. É melhor pisar o seu irmão e ganhar algum dinheiro. É melhor roubar o seu irmão e sobreviver de maneira indigna. É melhor matar o seu irmão e ser famoso.
Quando não aceitamos essa situação e protestamos contra nosso irmão que é indigno do ar que respira, do sangue humano que corre em suas veias, pois ele pisou, roubou e matou um outro irmão; quando raciocinamos e percebemos que tudo isso está errado, somos chamados de traidores. Traidores do capital? Traidores do lucro? Quem se curva perante essa realidade é verdadeiramente um traidor da humanidade.
Assim, esses traidores divulgam em todas as freqüências, em todos os canais (afinal eles são donos de todos), em todas as línguas e em todos as nações, valores e conceitos e histórias e novelas e gostos e modas e anúncios e propagandas e ambições e indiferenças! As cabeças vazias, as mentes inertes, os espíritos influenciáveis são todos amestrados e vão construindo uma sociedade de fachada, controlada pelos traidores.
Se alguém ousar querer mudar, interferir no sistema, inverter as ordens, converter os homens-robôs em seres humanos, os “buracos-negros ambulantes” em verdadeiras mentes pensantes e críticas, logo uma avalanche de obstáculos aparecerão, uma tempestade de absurdos tentarão detê-lo, uma onda de atacantes se interporá entre ele e seu objetivo. Até convencê-lo de que ter essa esperança de mudar o mundo é uma maldição.
Quase conseguiram e quase todo mundo acredita que ter esperança é uma maldição, ser estúpido é a melhor recompensa, que ter inteligência é uma grande traição e não querem pegar essa doença chamada dignidade. Mas algum dia isso vai mudar e todos vão acordar... Porque ter Esperança é a salvação!

quinta-feira, 14 de junho de 2007

Os verdadeiros filhos nunca fogem da mãe que acalenta...


Emigração cubana – Grande farsa da mídia direitista!



Alguns, em suas críticas ao socialismo, questionam o porquê de tantos filhos da soberana nação cubana fugirem do país, se supostamente o regime socialista é tão ‘justo e benfeitor’ (e eles fazem questão de acentuar o tom irônico). Afirmam que naquela ilha só há miséria e que todos os cubanos tentam fugir desesperadamente. Porém, esses mesmos críticos inconseqüentes, não sabem que o nosso Brasil, um país genuinamente capitalista, seguidor fiel de todas as determinações e imposições do FMI, do BIRD, de Washington, para ser mais direto, vê todos os anos mais de 100 mil brasileiros buscarem melhores condições de vida no exterior, se amontoando em todas as partes do mundo, inclusive nos EUA. Número superior a 2 milhões de nossos conterrâneos procuram melhores chances fora daqui (dados retirados do site Guiadoimigrante - http://www.guiadoimigrante.com/artigo.php?idPublicacao=3390)
No entanto, eles se esquecem que o Cuba é um país pequeno, que não dispõe de todos os recursos naturais de que precisa, pelo contrário, alguns vitais são demasiadamente escassos, como é o caso do petróleo. Esquecem também que a ilha tropical, antes da revolução não era nada mais do que um quintal americano, onde os magnatas e gângsteres yankes iam passar as férias, freqüentando cassinos e bordéis, enquanto a população morria de fome e pobreza nos subúrbios. Já o Brasil, a décima primeira economia do mundo, um país fartamente suprido de toda e qualquer necessidade natural, inclusive a tão largamente divulgada auto-suficiência petrolífera, possui uma imensa massa de pobres, miseráveis e desejosos de fugirem daqui, este país ingrato para com seus próprios filhos.
Os críticos de Cuba não se importam com esses fatos e tampouco abrem a boca para falar a respeito ou mobilizarem-se contra. O importante é seguir a canção entoada pela mídia e por aqueles de direita, que desde a Guerra-Fria, vem sendo amestrados pelos americanos.
Não sabem também o grande estímulo que os EUA dão (como parte de sua política ofensiva contra Cuba) para que haja a imigração de cubanos para o país.

“Após o 1º de janeiro de 1959, a política migratória dos Estados Unidos passou a estimular a emigração ilegal de Cuba com destino a esse país, convertendo-se assim em um importante instrumento de sua política hostil contra Cuba. A partir desse momento, as autoridades norte-americanas deram um tratamento preferencial aos imigrantes cubanos. Todos os cubanos que chegam a território dos Estados Unidos recebem o status de “refugiados”.
No final 1962 (...) o presidente Kennedy assinara a Lei Pública 85-510, conhecida como “Ata de Assistência à Migração e Refugiados do Hemisfério Ocidental”. Através dessa Lei foram criadas condições financeiras especiais para apoiar os emigrantes cubanos, para o que o governo norte-americano destinou, apenas para o Programa de refugiados cubanos, mais de 1 bilhão de dólares.
O tratamento preferencial outorgado aos cidadãos cubanos e que os distingue até hoje dos demais estrangeiros que chegam aos EUA adquiriu seu embasamento legal em 2 de novembro de 1966, data em que o presidente Johnson firma a “Lei de Ajuste Cubano”, que estabelece que “qualquer estrangeiro nativo (de Cuba) ou cidadão cubano que tenha sido inspecionado e admitido ou posto sob palavra nos Estados Unidos depois de primeiro de janeiro de 1959 e que tenha estado presente fisicamente, pelo menos durante dois anos, pode ser ajustado pelo Promotor Geral, à discrição (ad libitum) e em conformidade com as regulamentações que possam prescrever à relacionada com estrangeiro admitido legalmente para residir permanentemente...””. (Texto tirado de um boletim especial divulgado pela embaixada de Cuba no Brasil, em 08/10/2004)


Ou seja, um cubano que vai para os Estados Unidos é recebido com honras, recebe apoio financeiro e após um ano é considerado cidadão americano. Imagine se houvesse esses mesmos privilégios para a vinda de brasileiros? Milhões sairiam do país poucos meses. Mas os cubanos não. A maioria daqueles que fogem são os dissidentes, capitalistas egoístas que não suportam verem seus privilégios diminuídos ou não querem trabalhar para o bem comum, esperando reverter todo o seu trabalho em benefício próprio.
Cuba é um país com a melhor medicina social do mundo, tecnologia médica equivalente ou superior a muitos países ricos que dispõem de verbas astronomicamente maiores do que as cubanas; é um país que erradicou o analfabetismo em apenas um ano e que não tem nenhum de seus cidadãos morando nas ruas, nem em habitações precárias, como as favelas brasileiras e de outros países, inclusive os desenvolvidos.
Isso tudo sofrendo da hostilidade da maior economia do globo, que usa todos os meios inescrupulosos para intimidar e coibir o comércio e a interação mundial com a ilha. Os EUA, que detêm incríveis poderes sobre inúmeras nações, através do abominável domínio que se faz através do FMI e do Banco Mundial, que escravizam tantos países, afundando-os em dívidas inesgotáveis.
Onde outra nação do mundo conseguiu tais feitos? Mais difícil do que encontrar um regime socialista “bem-sucedido” é encontrar um argumento para esta pergunta.

Hoje, para não sufocar pelo embargo terrorista norte-americano, Cuba abre suas portas para o turismo, para o capital estrangeiro e infelizmente é forçada a ver novamente, depois de mais de 3 décadas extintas, males capitalistas, como a prostituição, voltarem ao seu território. Mas a economia se recupera...

“CUBA BATE RECORD DE PIB Em 2006, pelo segundo ano consecutivo, Cuba foi o país da América Latina com a maior taxa de crescimento do PIB: 12,5 por cento. Os que menos cresceram foram o Haiti e o Brasil. Os dados constam em relatório da Comissão Económica das Nações Unidas para a América Latina e o Caribe (CEPAL)

(..) e Cuba será o exemplo para toda a América, para todo o mundo.